CAFÉ DECOLONIAL
DECOLONIALIDADES LATINO AMERICANAS
TERRA|ÁGUA|CORPOS|MULHERES|BOCASI
LIVRES
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
PELO DIREITO DOS CORPOS, DOS TERRITÓRIOS A UM OLHAR DECOLONIAL
SOBRE ESTE PROJETO
DESCOLONIZAR-SE É LIBERTAR-SE
Limito-me a escrever sobre territórios infinitos - dos sentires - onde as linhas e fronteiras não separam, não discriminam, não matam, não segregam. Todo corpo é composto por limites, assim como por não limites, que habitam imaginários capazes de traçar infinitos.
Este espaço virtual é dedicado a análise de corpos, seus direitos, suas histórias, suas formas, seus sentires, suas peles, almas, ruídos e silêncios. Além disso, aqui nós damos voz aquelas que tanto são caladas em seus direitos de existir, de sentir (se). O corpo abordado é o que abrigada uma parcela da Terra que foi dividida, saqueada, COLONIZADA, e denominada por outrem de AMÉRICA LATINA, tudo o que compõem este pedaço de terra, muitas de suas formas de vida, seus elementos naturais que passaram - e seguimos passando - por um longo processo de colonização.
A ideia de Descolonização apresenta um grande estudo teórico de diversos autores, que serão aqui apresentados por mais, entrelaçando outras teoria, beirando a interdisciplinariedade de saberes contudo além de explicações analíticas, históricas, geográficas e teóricas que muitas vezes limitam o entendimento, nossa pesquisa e práticas nos levam para um lugar comum e acessível a TODXS: nossos próprios corpos dentro deste grande corpo, TERRA, mais dentro ainda, hemisfério sul, Latino América, Abya Yala.
Portanto, aqui é um espaço destinado a compartilhamento de saberes com o foco no que transpassa a todos os corpos vivos: O SENTIR e este ato, não limita-se a corpos humanos, mas a todos os seres que habitam esse continente e A América Latina sob esta lente de que ela, assim como nós também é um corpo com infinitos organismos que trabalham para o fluir da vida.
Assim, estabelecemos co-relações entre cosmovisões de povos tradicionais que enxergam, sentem e vivem a Terra e seus elementos naturais como Rios, Montanhas, como seus parentes e seus iguais, montanha sua avó, rio seu tio, etc... também apresentamos estudos acadêmicos e políticas acerca de defesa do Território.
Envolvemo-nos com esta Terra que habitamos, sentimos e nos envolve a todo momento.
DECLARAÇÃO DA AUTORA
MULHER| LATINO AMERICANA| SAGRADA E PROFANA| ATIVISTA | QUASE GEOGRAFA | CONTADORA DE HISTÓRIAS |BISNETA DE PARTEIRA | DESCOLONIZANDO O CORPO| SUBVERSIVA
Percebo e compartilho o mundo a partir das minhas lentes, que por vezes se embaçam em meio a tanta fumaça e informações. Nestas vezes, silencio. E, dentro do mais profundo silêncio emergem as palavras.
Acredito que a Terra é o grande paraíso perdido, que produz o suficiente para todos, que o conhecimento e a sabedoria podem ser grandes aliados na nossa jornada por isso, aqui é um espaço no qual trago reflexões e experiências vivenciadas neste corpo e neste continente.
Incorporar-se a si mesmo para mim, é abraçar e acolher a ancestralidade que nos trouxe, bem como enxergar que o futuro está nela, descolonizar-se para é libertar-se de tudo o que pode nos limitar e assumir o papel de quem escolhe em sua própria vida e de quem coletivamente pode colocar-se a disposição para escolher e contribuir positivamente para mudanças necessárias em nosso Território, partindo do princípio - do corpo a Terra.
Confio no sentimento e na percepção de que eu, tu, nós todos somos grandes espelhos da natureza, somos água, terra, somos vida e podemos assumir a responsabilidade e direito a regeneração, a saúde, a fluidez a felicidade e a evolução.
Quando penso e sinto a natureza, sei que é/somos todos nós.
Pelos que vieram antes
Por aqueles que aqui estão
Pelas nossas futuras gerações